domingo, 21 de setembro de 2008

Zé povinho + lei seca

O povo brasileiro é, sem dúvida, um povo heterogêneo, criativo, alegre, etc. , mas também é um povo muito sem educação. Estava eu num ônibus nesse fim de semana, ônibus cheio, com todos os bancos ocupados, inclusive os reservados para deficientes físicos, grávidas e idosos, não por esses, mas por pessoas "normais", quando vi uma situação nada legal. Se não tem ninguém do grupo para o qual os bancos são destinados, não tem problema nenhum os ditos "normais" sentarem. Só que ao longo da viagem, ao pararmos num ponto lotado, tinham dois deficiêntes visuais (cegos) para embarcar no coletivo. Eu, do lado de dentro, observei que, na ânsia de "se dar bem", duas mulheres (dos seus vinte e poucos anos) se anteciparam aos cegos, empurrando inclusive a moça que conduzia os deficientes, e entraram na frente de todos que estavam na fila do ponto. As duas passaram a roleta e uma delas logo sentou no único banco vazio, adivinhe qual? O reservado para deficientes, grávidas e idosos. Os cegos passaram e elas nem aí , fingiram que não viram, fingiram, porque elas sabiam que quem estava atrás delas eram dois cegos. Além das duas, NINGUÉM, todos "normais", que estava nos bancos especiais fez menção de levantar e ceder o lugar para quem realmente tem direito. Por sorte, dois bancos comuns vagaram, um ao meu lado inclusive, e os cegos sentaram.
É triste, mas todo dia situações como essa acontecem. É aquela velha história, a lei de Gérson, o negócio é se dar bem... Antes do Brasil evoluir como potência mundial, o povo tem que mudar de postura e deixar de ser esse Zé povinho sem educação.


E a lei seca hein, quem gosta de beber uma cerveja, sem exageiros, acaba pagando por meia dúzia de idiotas que não sabem beber e fazem merda pelas ruas da cidade.

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